(...) este fenómeno
literário que, com o advento das redes sociais explodiu, é um negócio
fácil e de mão cheia. Não é preciso saber nada! É preciso ter uma banca e
um computador. Até pode ser na banca da cozinha. E são escritores,
resmas de escritores; poetas, resmas de poetas e editores, resmas de
editores para dar vazão a tanta produção. São antologias, são
colectâneas, são livrinhos, são mentiras e enganos, são cursos de
escrita criativa, e tudo isto em negócio florescente e em franco
progresso. E depois, estes artistas das letras, às tantas percebem que é
tudo um logro! Os que querem perceber, porque há muita gente que vive
numa ilusão consentida. E têm de fazer pela vida! À falta de melhor,
aplaudem-se uns aos outros, fazem de escritores, de editores, de poetas,
de críticos, de vendedores, eles são tudo ao mesmo tempo! Um verdadeiro
submundo! Faz-me lembrar as cidades subterrâneas cujos habitantes nunca
vêem a luz do dia. (...)
Cristina Carvalho (lido à pouco num comentário seu escrito no facebook)
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